Não me considero uma filosofa muito menos um ser – humano
perfeito, dotado da mais inigualável inteligência.
Mas como tantos outros seres humanos pensantes e
racionais, consigo me questionar de certas atitudes que considero pré-históricas
que algumas pessoas ainda têm na sociedade do século XXI.
Sou branca, hétero
sexual, pobre, porém tenho uma vida confortável dentro dos limites da pobreza
brasileira, e sou mulher.
Claro que já presenciei
formas de preconceito até porque ser mulher nos dias atuais ainda é julgado de
forma grotesca. Ultimamente vez ou outra venho observado mais as pessoas ao
meu redor e ler mais sobre como o preconceito, ainda se agrava em uma demanda muito grande.
E com isso passei a perceber o quanto as pessoas ainda
vivem na pré – história, onde os argumentos em função a sexualidade, raça, gênero
sexual e classe social são os que mais excluem pessoas consideradas fora do
padrão, impostos pela sociedade em tempos mais antigos.
O que vejo de mais
absurdo, é o individuo que ataca e se sente no direito de julgar alguém pela
cor da sua pele, opção sexual etc. Encher a boca para cuspir argumentos sem
sentido, para julgar e condenar, e quando sofrem algum tipo de injustiça,
levantam a bandeira da igualdade e usam a contradição ao seu favor.
Acho engraçado como o falso moralismo ainda domina tanto
homens quanto mulheres nos dias atuais, rotulam tudo e qualquer coisa.
Olhar para si e admitir que tenha tantos
defeitos piores, antes de julgar uma pessoa pela cor da pele não é abrir mão de
seus princípios, é deixar para trás raízes que não vale a pena leva-las na
bagagem da jornada que é a evolução.