E ela veio vestida em uma pele parda quente e um rosto infantil.
Convidando-me para dentro do seu olhar hora inocente, hora malicioso.
Não por minha
vontade; mas pela minha insanidade. A
fera que dei alimentação vai me fazer sua presa, pois, nem por gratidão, pode
mudar a natureza.
É como se sem poder ela tivesse que achar sedução em
outros atributos. Eu nunca tinha visto
alguém com tamanha beleza com pés 36.
Ela sentia minha curiosidade, e me desafiava ir além,
daquilo que nunca passou de só fantasias da minha mente indefinidamente sem
limites.
Mas o meu cálice ainda estava cheio, meus olhos agora a desafiavam
na também, minha boca a convocava para uma noite infinita de prazer.
- Você quer
brincar de viver ? Ela me perguntava, exibindo um sorriso provocante.
Sua pele era dura, tinha talento à loucura, seus olhos
eram de leoa de fome de liberdade. Ambos combinavam comigo.
Amei-a sob a meia luz de um quarto aleatório de um sábado
a meia noite. Sem razão, sem tempo para o coração, a excitação tomava conta de
nossos corpos aparentemente iguais.
Ousei em hesitar, mas deixei pra lá a desistência. E o que mais me intrigava era em como ela
sabia exatamente do que eu precisava. Possuía
o meu manual de instruções, ou eu mesma me ajeitava para caber em suas
coordenadas.
Era pulsante e o encaixe era perfeito. Assim como outras mulheres, pagamos pelo
desejo que sentíamos, explodindo juntas.
Por fim, matamos nossa vontade por trás das cortinas de
distinção da sociedade, alcançando o êxtase de dois corpos famintos por volúpia.
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