Eram quase três horas da manhã e o
batom vermelho ainda estava aparente em seus lábios, apesar de já estar vestida
em uma camisola de seda preta, porém sem nenhuma lingerie por baixo já que o
calor tomava conta de seu corpo, ainda que lá fora fizesse quase 15°, sua pele
clara abria caminho para suas bochechas coradas, por estar tão quente.
Seus
olhos acoplados com os pensamentos deleitosos inebriavam seus sentidos.
Ele estava ali deitado concentrado
em uma série de tv, vestido apenas em uma pele quente e convidativa para uma
madrugada infinita de amor.
O beijo agora tinha outro sabor, um
sabor quente que tomava conta da saliva, língua, lábios e céu da boca, sentiam
sede, uma sede de beijo, sentiam um sentimento desmedido.
Os corpos fundiam-se em um só,
dominados pela faceta mais animal, deixaram o volante nas mãos dos instintos e emoções,
deixando de lado os pensamentos sóbrios e entregavam –se as emoções mais bonitas misturadas aos
pensamentos sujos e melados.
Já dentro da pele de um lobo, ele
rasga suas vestes, consumido pelo desejo de ter aquela que transforma suas
regras em bagunça.
Faz ecoar altos os gemidos afoitos,
abafar buzinas da metrópole.
Depois do gozo, libertam-se daquilo
que de fato prendiam em seus domínios.
Hoje selam sua noite com um beijo
com gosto de “não para” e eu te amo.
W
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