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29 de novembro de 2013

Uma carta para a Cotovia



Hoje o sol acordou mais cedo do que de costume, iluminando as paredes brancas do meu quarto e soprando um vento leve e fresco pela janela, dando movimento aquela nossa foto pendurada no meu mural.
Fez-me sorrir, pois lembrei o quanto rimos naquele dia, o quanto você estava feliz e no quanto eu ria por te ver sorrir. Sinto saudades, sinto sua falta minha amiga.
Acordei com coragem para lhe falar coisas que talvez eu nunca tenha lhe dito e olha que isso é um fenômeno.
Sei o quanto você tem medo de mudanças e sei o quanto tem medo de perder. E é por isso que te admiro tanto, por você não desistir tão fácil como eu apesar de ter tantos medos.
Mas eu lhe digo uma coisa minha cotovia as mudanças são implacáveis, são fatais e temos que admitir perder algumas vezes.
Uma coisa eu lhe digo que nunca irá mudar e que nunca você irá perder. São o meu amor e amizade por você.
Não posso esquecer das vezes que você ficou por horas me ouvindo falar besteiras no meu primeiro porre, e nas vezes que pensei que não iria parar de chorar e você já não aguentava mais me ouvir falar das mesmas coisas, das vezes que eu precisei que você me acobertasse e daquela vez que bebemos juntas que é melhor deixar em off.
Alguns poetas costumam dizer que algumas pessoas surgem nas nossas vidas quando mais precisamos e quando menos esperamos. E foi assim comigo, como em um poema que começa cheio de  tormento, vazio e sem esperança você veio como um desfecho, como uma cotovia que termina o poema te arrancando um sorriso de canto de boca.
 Em um mundo tão cheio de gente e tão solitário, pessoas como você, iluminam meu dia e me faz querer viver.
Se existe alguém no mundo em que eu confie cegamente, esse alguém é você.
Conta-se entre mim e tu, mais ou menos, 4 ou 5 anos de amizade, de luta, de conquistas, de estourar o cartão em compras desnecessariamente necessárias, de muita risada, alguns choros, algumas brigas e, principalmente, de muita cumplicidade.
Você  se tornou uma irmã gêmea fora de casa e dentro do coração.
 Além de termos a mesma idade, recebemos uma educação rígida, aprendemos desde cedo a lutar pela vida e tudo simultaneamente.
Obrigada por todas as ajudas, pelas broncas, por ter pagado mico no ponto de ônibus comigo, por me alegrar com chocolate, pelas viagens inesquecíveis, pelos momentos que criamos juntas e por todas as conversas produtivas e improdutivas. 
Obrigada por me aturar e ser minha melhor amiga.

Eu te amo e só.  Com amor Patty.


B

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