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9 de fevereiro de 2014

Felicidade é pouco, eu preciso de euforia



Suas roupas caiam delicadamente ao chão, exibindo uma lingerie preta que contrastavam com sua pele ligeiramente branca,em que quase poderia competir com a lua prateada, que se mostrava no céu naquela sexta feira quente de quase 38º, que não sabia ao certo dizer se era por conta do calor da noite ou de seus corpos.
O cheiro da cerveja misturava-se ao cheiro dos corpos suados, do incenso queimando e da saudade aniquilada. 
O sexo também tinha um cheiro bom, o mais forte de todos, que invadia as narinas daqueles dois corpos famintos, despertava os desejos daquelas duas almas desesperadas por tanto já terem esperado.
Tudo tinha um gosto delicioso do qual aproveitavam cada gota.  Aquele quarto de  motel ficara pequeno, a cama já não servia mais, depois o banheiro, chuveiro, cozinha, mesa, chão, escada de incêndio.  Nada mais havia além de dois corpos famintos e um tesão descomunal.
 O descanso era secundário. Eles ficariam ali por toda a eternidade. “Ajoelha vagabunda.” Não havia dor nos cabelos puxados e nem nos tapas sonoros. Queriam mais. Queriam além dos limites. Quadris dançantes, olhos nos olhos, tudo era troca.
Queriam explodir. Não poderia ser diferente: Explodiram juntos, sem economizar nos gemidos, nem nas falas, nem nos gritos .   
A lua deu lugar ao sol e anunciava o fim daquela dança animal, vestiram suas fantasias sociais. E foram ao mundo viver suas felicidades fora daquelas horas de euforia. 


W

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